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ブラジル沖縄県人会
     オピニオン(OPINION)  (最終更新日 : 2008/03/04)
Comemoração do Centenário de Imigração (Opinião de um Nissei )
Giro Kuniyosi,diretor executivo da Associação Okinawa Kenjin do Brasil
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Comemoração do Centenário de Imigração (Opinião de um Nissei )Giro Kuniyosi,diretor executivo da Associação Okinawa Kenjin do Brasil (2007/12/09)
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  O primeiro navio de imigrantes, Kassato-Maru, com 781 imigrantes japoneses a bordo, dentre os quais 325 okinawanos,
aportou em Santos no dia 18 de junho de 1908. Desde então, numerosas pessoas imigraram para o país localizado no lado oposto do globo e de condições completamente distintas, deixando suas famílias, parentes, amigos e terra natal.
Cremos que o sentimento de dor deve ter sido inenarravelmente grande.
A perspectiva na época era a de suportar os 5 anos para depois retornar à terra natal munidos de orgulho pela riqueza conquistada. O meu pai também foi um dos sonhadores dessa aventura. Imigrou partindo de Nagasaki no dia 11 de julho de 1918, no navio Hakata-Maru, chegando ao porto de Santos no dia 2 de setembro, após 53 dias de navegação. Foi enviado para uma fazenda localizada em Catanduva, e no ano de 1922 transferiu-se para a fazenda Suiça, localizada em Lins.
Apesar do máximo empenho, não vislumbrando a mínima possibilidade de retornar, no ano de 1923 chamou a mãe. Os irmãos e eu, nascemos e com os filhos menores atrapalhavam o trabalho, foi chamada a primogênita, de 10 anos, para tomar conta deles no fim do ano 1926. No ano de a 1936 foi chamado o primogênito, assim a família toda ficou sob a proteção da terra brasileira.
Ao imaginar que outras numerosas famílias tenham tido a mesma sorte, ainda hoje sentimos muita compaixão.
Após vários anos de dificuldades e sacrifícios, derramando sangue, suor e lágrimas, conseguia-se juntar dinheiro para dar de entrada na aquisição de 5 a 20 alqueires de terra de mata virgem. Condicionava-se a pagar anualmente o restante, dando a terra em hipoteca, e experimantando em incalculável risco.
Dividia-se a área de terra em vários lotes, desmatava-se preparando para semear o café e condicionando plantio de cereais no primeiro lote; repetindo várias vezes essa mesma fase, conseguindo finalmente a formação de um admirável cafezal que propciou a quitação da dívida.
Os nossos pais isseis, a despeito de enfrentar essa dificuldade financeira e preocupando-se com o futuro dos filhos,
organizaram associações de pais e de moços nos bairros, angariaram fundos para a aquisição de materiais para a construção de escolas, casas para professores e campos de esporte, construindo essas obras com a participação de todos numa prefeita colaboração mútua( yuimâru) sob orientação de um carpinteiro.
Esses fatos heróicos são dignos de menção e respeito.
Meu pai dizia constantemente, que bastava passar nos exames na língua portuguesa, mas que o japonês tinha que estudar com afinco. Um dia perguntei o motivo dessa afirmação, aí ele respondeu, brevemente nós iremos voltar para o Japão. Porém o sonho dos pais, acalentado ao longo dos 30 anos de sacrifício no Brasil, terminou com uma simples viagem de visita à terra natal para matar a saudade.
Retornando ao Brasil, de tanto ouvir elogios ao Japão,indaguei-lhe: Oh papai, se o Japão é tão bom, tem intenção de
viver lá ?, ao que ele respondeu: não o Japão e bom para viagem turística, mas para morar não. O Brasil é um país triângulo e ótimo para viver., Ao ouvir essa resposta nós, nos sentimos muito satisfeito e gratos.
A iniciativa e dinamismo dos nossos decanos imigrantes proporcionaram aos descendentes nikkeis a rápida ascenção nos mais variados setores: política, economia, medicina, direito, educação, cultura, etc. ultrapassando a nossa expectativa, e contribuindo para o desenvolvimento da comunidade nikkei na sociedade brasileira.
Esse gabarito dos descendentes nikkeis pode ser considerado gratidão aos nossos decanos antepassados.
Já lá algum tempo, nas muitas organizações nikkeis há participações de nisseis e sanseis na diretoria. A nossa Associação Okinawa Kenjin do Brasil, que é considerada asssociação mamute, na sua Assembléia Geral Ordinária do ano de 2005 elegeu Akeo Uehara Yogui o primeiro presidente nissei, elegendo também vários elementos nisseis para membros da diretoria e conselhos deliberativo e fiscal.
Com a orientação dos decanos está se conseguindo administrar todos os bens e a cultura tradicional oriundas de Okinawa.
Ao ser eleito também para um dos cargos da diretoria executiva e poder contribuir com a minha insignificante colaboração é, para mim, motivo de grande honra.
Com a sucessão nós, nisseis, devemos reconhecer que estamos arcando com a incumbência de cuidar constantemete dos bens e das instalações para preservá-los permanentemente..
Quando as peculiaridades okinawanas: a intenção espiritual (chimugucuru), a solidariedade mútuo ou mutirão ( yuimâru) a fraternidade ( ichariba chôdê ), etc., são ensinamentos espirituais perfeitamente idênticos aos do nosso pai celestial Jesus, e temos a grande missão de também transmiti-los as gerações do porvir.
A nossa sede foi construida por decanos isseis no ano de 1978, tendo quase 30 anos de utilização e para a comemoração do centenário da imigração, foram necessárias reformas e consertos.
O elevador, que estava inoperável há 5 ou 6 anos, for o primeiro a merecer atenção; recuperando no mês de março do ano passado. Quando foi solicitada a ligação, constatou-se irregularidade na legalização do prédio, sendo sanado o problema
no mês de agosto.
As madeiras do palco, intensamente atacados pelos cupins, foram substituídas, trabalho que teve início no dia 3 de julho do ano passado e com término no mês de setembro.
No presente ano foram reformados: cozinha, sala do fundo do palco e banheiros feminino e masculino. Foram pintados os corredores.
A comunidade okinawana atual, no exterior é de 320.000 pessoas, dentre as quais 150.000 residentes no Brasil.
O movimento para a formação de entidade okinawana no Brasil teve sua origem em Santos, no ano de 1916, 2 anos depois em Anadias e região de Juquiá e Campo Grande (MT), posteriormente se expandindo para o interior de São Paulo. Em 22 de agosto de1926 foi fundada na cidade de São Paulo, uma organização okinawana com a denominação Kyûyô-KyôKai. Sukenari Onaga foi empassado o primeiro presidente. Ele é o pai do renomado jornalista Hideo Onaga, falecido no dia 25 de agosto de 2007 aos 85 anos de idade.
No dia 25 de agosto de 2006 a Associação Okinawa Kenjin do Brasil, para comemorar os 80 anos de sua fundação, promoveu em jantar social. Na ocasião, através do telão, apresentou imagens de importante eventos, danças e músicas tradicionais de Okinawa, Contando com a presença honrosa do presidente Tokuichi Nishimura, da Associação Okinawa- Brasil.
Já para a próxima e significativa comemoração do centenário de imigração, no ano de 2008, foi estabelecido extenço programa de obras e eventos,que só serão possível se se puder contar com o espírito de colaboração mútua ( yuimâru ) de todos os associados.
Essa tarefa tem um sentido muito significativo, que é o de reconhecimento dos sacrifícios dos imigrantes decanos e, ao mesmo tempo, o de tentar apresentar a nossa modesta gratidão.
Apesar da dificuldade da exposição de opinião em japonês, tomei a liberdade de apresentá-la.
Muito obrigado.


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